O que é femtech? Entenda o crescimento desse fenômeno

Femtech são startups que criam soluções para as mulheres, desenvolvendo produtos e serviços voltados às suas necessidades específicas, principalmente na área da saúde.  Com o mercado desse nicho sempre aquecido, é natural que empresas como estas venham ganhando cada vez mais espaço no mundo corporativo e despertando interesse de tantos.  

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Os avanços tecnológicos transformaram a sociedade, impactando a rotina das pessoas e até o funcionamento das empresas. Diversos caminhos foram abertos com o passar do tempo, permitindo que novos negócios passassem a ser explorados. 

Nesse sentido, o fortalecimento do uso da tecnologia nas empresas gerou o fenômeno das techs: empresas, geralmente startups, que focam em um nicho específico de mercado e adotam ferramentas tecnológicas para solucionar os problemas particulares desse público-alvo. Oferecendo produtos e serviços para necessidades e expectativas singulares, esse modelo acabou abrindo uma brecha no mercado e um universo de oportunidades. 

Por isso, um boom de negócios nessa linha surgiram nos últimos anos: edtechs na área da educação; fintechs nas finanças; lawtechs ou legaltechs para o setor jurídico; heathtechs para a saúde; agrotech para a agricultura/agronegócio, entre tantas outras possibilidades. 

E um dos negócios que vem ganhando relevância nesse contexto são as Femtechs. Essas startups usam a tecnologia para criar soluções voltadas às necessidades específicas das mulheres, focando em condições, situações e expectativas particulares desse grupo demográfico. 

Considerando que elas são quase metade da população mundial e são maioria no Brasil (51,8%, segundos dados da PNAD Contínua — Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua 2019), é fácil imaginar que haja mercado para esse segmento. Ainda mais com o crescimento da presença feminina no mercado de trabalho e nas decisões econômicas domésticas e individuais. 

São diversas as soluções que as femtechs oferecem, especialmente voltadas para a área da saúde feminina — a que mais vem tendo buzz neste nicho. Para se ter uma ideia: no relatório Femtech Landscape Report 2021, citado em um artigo da Infomoney, esse segmento, mundialmente, deve atingir o valor de US $1,186 trilhão em 2027. O mesmo documento aponta que existem 97 condições de saúde que afetam mais ou exclusivamente pessoas designadas como mulheres, mostrando assim que há um amplo campo a ser explorado por negócios dessa área.

Dessa forma, soluções focadas em questões como ovulação, menstruação, menopausa, saúde sexual e até de olhos, ossos e outras partes do corpo entram nessa lista, oferecendo ferramentas para que o público-alvo tenha maior cuidado e hábitos saudáveis. 

Não é à toa que as femtechs vem despertando a atenção do mercado — afinal, é do conhecimento geral que as mulheres buscam mais serviços médicos do que homens. De cuidados com a maternidade à prevenção de câncer,  o potencial de ação e ganho nesse segmento vem atraindo mais e mais empresas para oferecer soluções incríveis e inovadoras ao público. 

E se há demanda e pessoas preparadas para atendê-la, então há interessados com recursos para fazer essas ideias saírem do papel e serem alavancadas no mercado. Diversos programas e empresas estão com projetos para investir especificamente em femtechs, fazendo aportes milionários nessas startups e girando a economia desse setor.

Assim, esse nicho vem despontando e crescendo cada vez no mercado, gerando empregos e renda no país. Mesmo que ainda sejam relatadas situações de desconfiança e até incompreensão por parte de alguns investidores e lideranças que não partilham a vivência do público-alvo, as femtechs vieram não só para ficar como também para se expandir no mercado. 

E isso tudo foi possível graças à determinação de empreendedoras e aos avanços tecnológicos. Sem essas inovações e o aumento de seu acesso, dificilmente soluções desenvolvidas por esse ramo de negócio — além de outras techs — seriam viáveis ou teriam alcançado a presença que tem atualmente. 

Por isso, ao pensar no mercado, é fundamental conhecer as ferramentas disponíveis e suas possibilidades. Algumas tecnologias mais empregadas pelas femtechs são:

Para ficar claro: um exemplo do uso dessas tecnologias pelas femtechs é um sistema que ajuda uma mulher a entender melhor seu ciclo menstrual e a adaptar sua rotina de acordo com os impactos que ele gera em seu dia a dia.  Isso tudo pode ser feito por meio de um aplicativo (fácil de ser manuseado no cotidiano), com a usuária preenchendo seus dados (big data) que são analisados pelo software (inteligência artificial) e lhe oferecem insights sobre como essa questão influencia sua rotina.  

Essa é apenas uma amostra do que o uso de forma estratégica da tecnologia pelas empresas pode fazer para beneficiar os negócios, mercado e clientes. 

Independentemente do nicho de mercado, o boom das techs prova que aderir aos avanços tecnológicos é benéfico — e até fundamental — para os negócios. Empresas de todos os segmentos e portes podem aplicar ferramentas e estratégias próprias da lógica digital e fortalecer seu espaço no mundo corporativo. 

Por isso, é fundamental estar de olhos ligados nas tendências e tecnologias que estão disponíveis, descobrindo suas possibilidades para adotar aquelas que fazem mais sentido à realidade e necessidades da organização. Isso pode representar desde aproveitar softwares e sistemas em tarefas como controle financeiro, gamificação para aprimorar o treinamento dos colaboradores ou chatbots para agilizar o atendimento ao público até significar modelar o seu plano de negócios focado nessa dinâmica — como as femtechs. 

Entretanto, existem empresas que levam essa questão tão a sério que não adotam apenas uma ou outra ferramenta, mas sim uma metodologia que considera a tecnologia como uma parceira estratégica fundamental para o seu funcionamento e sucesso.

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