Você já parou para pensar por que algumas pessoas aprendem com mais facilidade do que outras? O segredo pode estar na forma como o processo de aprendizagem é estruturado.
O que você vai ver neste artigo:
Mais do que uma etapa da formação escolar, o processo de aprendizagem é uma prática contínua de desenvolvimento pessoal e profissional, essencial para quem deseja se manter relevante em um mercado em constante transformação. Através dele, adquirimos novas competências, habilidades, conhecimentos, valores e comportamentos — tudo isso de forma gradativa e alinhada ao conhecimento prévio de cada indivíduo.
Em um cenário onde aprender continuamente é uma vantagem competitiva, compreender como o aprendizado acontece pode fazer toda a diferença na sua carreira ou na sua empresa. Diversas teorias da aprendizagem indicam que seguir determinadas etapas pode tornar esse processo mais eficiente e assertivo.
Neste artigo, vamos explorar as principais abordagens sobre o processo de aprendizagem, mostrar como aplicá-las na sua empresa ou instituição de ensino e ainda apresentar um método inovador — como a gamificação na educação corporativa — para impulsionar o aprendizado de seus alunos ou colaboradores.
Por que o aprendizado é um processo contínuo e essencial para o desenvolvimento pessoal e profissional
Durante toda a história da humanidade os estudiosos desenvolveram teorias a respeito de como funciona o ensino e aprendizagem e quais seriam as melhores metodologias para tornar essa operação mais eficiente.
De forma geral, considera-se o aprendizado um processo contínuo que não se acaba após receber o diploma formal. Pelo contrário, as pessoas estão sempre assimilando novas informações e conhecimentos e nem sempre eles são desenvolvidos no ensino formal.
De acordo com a teoria da aprendizagem organizacional, existem diversas formas com que o saber é construído: pode ser por meio das experiências práticas; do exemplo de terceiros, na troca de ideias ou com outros estímulos.
Além disso, existem estudos que consideram que a idade dos estudantes influencia na maneira com que aprendem (como a andragogia e o modelo 70/20/10) e até mesmo a forma com que as informações estão dispostas podem ser mais fáceis ou não de serem assimiladas, de acordo com a teoria dos diferentes estilos de aprendizagem.
No entanto, o que é possível resumir: a aprendizagem é importante e traz diversos benefícios tanto para os estudantes quanto para as empresas, considerando as suas vantagens para a carreira. Quem se mantém atualizado e busca desenvolvimento pessoal e profissional tem melhores resultados em seu serviço e torna-se fundamental para o sucesso da organização.
As etapas do processo de aprendizagem
Como visto, existem diversos estudos a respeito desse tema. Cada teoria tem uma abordagem diferente, por isso vamos apresentar dois conceitos diferentes para serem usados nos processos de aprendizagem da sua empresa ou instituição de ensino.
As 4 etapas da aprendizagem segundo a Programação Neurolinguística (PNL)
Essa abordagem baseia-se na ideia de que o aprendizado ocorre em quatro fases de consciência e competência.
1. Incompetência Inconsciente
É o estágio onde a pessoa ainda não sabe o que não sabe. Ela não tem consciência da sua falta de conhecimento.
- Exemplo prático (trabalho): Um novo colaborador recém-contratado para uma área de marketing digital pode nem perceber a importância da análise de métricas até se deparar com uma campanha mal planejada.
- Exemplo prático (educação): Um aluno que entra em um curso de programação pode não saber o que é “lógica de programação” até ser exposto ao primeiro exercício.
2. Incompetência Consciente
Aqui, a pessoa já sabe que não domina determinado tema. Essa consciência gera desconforto, mas também abre espaço para o desenvolvimento.
- Exemplo prático (trabalho): Um colaborador percebe que não sabe usar o Excel para análises mais avançadas e reconhece que precisa aprender fórmulas e gráficos.
- Exemplo prático (educação): Um estudante identifica dificuldades em interpretar textos técnicos em inglês e busca reforço.
3. Competência Consciente
A pessoa já domina o conhecimento, mas ainda precisa de foco e atenção para aplicá-lo corretamente.
- Exemplo prático (trabalho): O profissional de marketing consegue montar relatórios em Excel com confiança, mas ainda consulta tutoriais e planilhas-modelo.
- Exemplo prático (educação): O aluno programa com eficiência, mas precisa revisar conceitos antes de cada projeto.
4. Competência Inconsciente
Após repetição e prática, a pessoa executa tarefas com naturalidade, sem pensar passo a passo. O conhecimento foi completamente internalizado.
Exemplo prático (educação): Um professor conduz aulas com domínio total do conteúdo e consegue adaptar a explicação conforme o nível da turma.
Exemplo prático (trabalho): Um desenvolvedor sênior escreve código funcional de forma intuitiva e resolve bugs rapidamente.
Quais são as 5 etapas da aprendizagem?
Essa abordagem apresentada por Victor Hugo, consultor de empresas, professor e palestrante, foca em construir conhecimento progressivamente, partindo da compreensão até a criação.
1. Compreender
É o momento de absorver novas informações por meio de cursos, treinamentos, leituras ou workshops.
- Exemplo: Um gerente faz uma certificação em liderança ágil e entende os princípios da metodologia Scrum.
2. Reter
Após compreender, é preciso memorizar e fixar os conceitos na mente — com resumos, esquemas visuais ou mapas mentais.
- Exemplo: O mesmo gerente revisa os conteúdos semanalmente, participando de discussões online para reforçar a retenção.
3. Praticar
A prática consolida o conhecimento. É quando a pessoa coloca em ação aquilo que aprendeu.
- Exemplo: Ele aplica o Scrum no dia a dia da equipe, conduzindo sprints e reuniões de planejamento.
4. Disseminar
Compartilhar o conhecimento com colegas ou alunos ajuda a reforçar o aprendizado e multiplicar impacto.
- Exemplo: O gerente promove workshops internos para que outros líderes aprendam sobre o Scrum.
5. Criar
É a fase da inovação e autonomia. A pessoa passa a gerar novas ideias, adaptar modelos e desenvolver soluções a partir do que aprendeu.
Exemplo: O gerente adapta o Scrum para um modelo híbrido que se ajusta melhor à cultura da empresa, criando um guia interno de boas práticas.
Outras Abordagens sobre o Processo de Aprendizagem
Para enriquecer ainda mais a compreensão, vale considerar outras teorias amplamente utilizadas:
- Aprendizagem Experiencial (David Kolb): Enfatiza que o conhecimento é criado por meio da experiência direta, combinando vivência com reflexão. Muito usada em treinamentos corporativos, dinâmicas de grupo e simulações.
- Aprendizagem Social (Albert Bandura): Foca na observação, interação e imitação como formas de aprender. Fundamental em ambientes colaborativos e no uso de tutores, mentores e role models.
- Aprendizagem Autodirigida (Malcolm Knowles): Defende que adultos aprendem melhor quando assumem o controle do próprio aprendizado, escolhendo seus caminhos, metas e ritmo. Ferramentas como e-learning, microlearning e plataformas LMS exploram bem essa abordagem.
Quais os três níveis de aprendizagem organizacional?
Os três níveis de aprendizagem organizacional são geralmente descritos como aprendizagem individual, em grupo ou organizacional. Entenda a respeito de cada um deles.
Aprendizagem Individual
Refere-se ao processo pelo qual colaboradores de uma organização, de maneira individual, adquirem novas habilidades, conhecimentos e competências. Isso pode ocorrer por meio de autoaprendizagem, treinamentos formais, experiências no trabalho, mentorias, entre outros. Também pode envolver o desenvolvimento de aprendizagem autodirigida, cada vez mais valorizada no ambiente corporativo.
Aprendizagem em Grupo ou de Equipe
Envolve a troca de informações, experiências e conhecimentos entre membros de um grupo ou equipe dentro da organização. Essa forma de aprendizagem é favorecida por práticas de aprendizagem colaborativa, reuniões, sessões de brainstorming, projetos em grupo e outras interações sociais.
Aprendizagem Organizacional
Este é o nível mais amplo e estratégico, pois abrange a capacidade da organização como um todo de adquirir novos conhecimentos, adaptar-se a mudanças e aplicar esses aprendizados para melhorar seu desempenho. A aprendizagem organizacional é fundamental para a inovação e o crescimento sustentável das empresas, pois permite transformar conhecimento em ação e gerar vantagem competitiva.
Conclusão
As duas principais teorias apresentadas reforçam um ponto essencial: a prática é o elo entre o conhecimento e a aplicação real. Apenas absorver conteúdos de forma passiva, por meio de aulas expositivas, não garante que o aprendizado será realmente efetivo.
Para que o conhecimento se transforme em competência, é preciso que o aluno ou colaborador participe ativamente do processo, experimentando, errando, repetindo e aprimorando.
Nesse cenário, é essencial investir em metodologias ativas — e é aí que a gamificação no processo de aprendizagem se destaca. Ao incorporar elementos de jogos ao ensino e ao treinamento, a gamificação promove uma aprendizagem mais envolvente, motivadora e eficaz.
Aplicável tanto em treinamentos corporativos quanto no ensino formal, essa estratégia transforma o aprendizado em uma experiência significativa. Além disso, ferramentas de gamificação costumam oferecer relatórios de desempenho detalhados, que ajudam na avaliação do progresso e identificação de possíveis problemas de aprendizagem.
A gamificação também pode ser aliada a outras abordagens modernas, como a aprendizagem social, a aprendizagem autodirigida, e até modelos como o uso de tecnologia na educação, ampliando ainda mais o impacto do conhecimento aplicado.
Quer transformar a forma como sua organização aprende? Fale conosco e descubra como a gamificação pode elevar o desempenho e engajamento dos seus colaboradores ou alunos.
Perguntas Frequentes:
1 - Incompetência inconsciente;
2 - Incompetência consciente;
3 - Competência consciente;
4 - Competência inconsciente.
1 - Compreender;
2 - Retenção;
3 - Praticar;
4 - Disseminar;
5 - Criar.