Panorama do treinamento no brasil 2023: 70% dos treinamentos corporativos são ineficientes, mas por quê?

Investir em treinamento corporativo é fundamental para impulsionar o desempenho dos colaboradores de uma empresa. No entanto, é possível notar algumas lacunas na sua efetivação ao se analisar o panorama desse setor no Brasil.

Quer otimizar os investimentos em treinamento corporativo e desenvolvimento de pessoas em seu negócio? Confira este artigo e entenda o panorama dessa área no Brasil e use os recursos da empresa de forma estratégica: 

Entender o cenário geral é fundamental para identificar problemas comuns e até mesmo oportunidades. O estudo “Panorama do Treinamento no Brasil 2022/2024”, realizado pela Associação Brasileira de Treinamento e Desenvolvimento (ABTD) e pela Escola de Negócios Integração, traz uma série de dados interessantes sobre a realidade dessa área nas mais variadas empresas brasileiras. Entre eles, estão informações como:

Esses dados já dão uma ideia de como está essa área. Após a pandemia de covid-19 houve um boom de treinamentos online, oferecendo maior flexibilidade e até mesmo autonomia aos funcionários. 

A pesquisa ainda indicou que nesse mesmo período também houve um aumento no investimento em treinamento e desenvolvimento por empresas de todos os segmentos — com um crescimento de 6% em 2023 — apesar que os valores continuam sendo significativamente menores do que em outros lugares, como os EUA por exemplo. 

Além dos investimentos relativamente inferiores, uma das dificuldades do setor apontadas pela pesquisa é a de usar indicadores nas estratégias educativas e a falta de familiaridade em lidar com os números, ainda mais em um contexto em que se verificam questões mais subjetivas como mudanças de comportamento e habilidades sociais. 

Mas, uma métrica em específico chamou a atenção dos responsáveis pelo estudo: 13% das empresas tiveram problemas com absenteísmo nas ações de T&D. Os autores consideram que melhorar esse indicador pode ser uma boa oportunidade para otimizar os investimentos na área. 

Para aprimorar a estratégia, é preciso ter mecanismos de controle. No lançamento da edição anterior, “Panorama do Treinamento no Brasil 2022/2023”, foi pontuada a importância de considerar o cálculo do retorno do investimento (ROI) como um projeto do setor. Isso significa que deve ser encarado com seriedade, planejamento e investimento, com o RH e as lideranças realizando essa operação de forma estruturada.

A pesquisa mais recente, de 2023/2024, ainda mostra um dado preocupante: 17% de empresas da indústria, 13% de serviços e 7% do comércio não adotam indicadores de efetividade na área de treinamento e desenvolvimento. 

Sem as métricas certas, a empresa corre sérios riscos de desperdiçar seus investimentos em T&D. Os indicadores ajudam os gestores a tomarem decisões mais acertadas ao identificar os problemas, oportunidades e possibilidades relacionados à educação corporativa e ao desempenho dos funcionários.

Apesar dos esforços, muitas empresas têm dificuldades em transformar o investimento em treinamento e desenvolvimento em resultados concretos. Entre os fatores que tornam a educação corporativa ineficiente, alguns deles são:

É tentador buscar aprofundar os conteúdos o máximo possível para melhorar as competências técnicas dos funcionários. No entanto, é preciso saber equilibrar a quantidade de informações trabalhadas nos treinamentos para não acabar tendo o efeito contrário: o excesso pode confundir os colaboradores ou fazê-los se sentirem sobrecarregados com tantos materiais e dados a serem absorvidos. 

É importante focar nas informações mais estratégicas e relevantes dos assuntos abordados na educação corporativa, otimizando o tempo, esforço e até a atenção dos profissionais para o que é mais significativo para suas funções cotidianas. 

Pensar apenas em questões teóricas também é um erro cometido em diversos treinamentos. Focar exclusivamente nesse âmbito acaba afastando os funcionários do aprendizado, por parecer que o que está sendo estudado está distante dos seus desafios do dia a dia. 

Incluir exemplos, simulações, estudos de casos e outras ferramentas e ensinamentos mais práticos ajuda a melhorar o desempenho dos colaboradores em suas funções rotineiras, impactando diretamente seu trabalho. 

Outro cuidado importante na hora de montar o treinamento é na sua estruturação: deve-se organizar os conteúdos de forma a facilitar o entendimento dos assuntos e propostas, focar em questões estratégicas, além de permitir espaços para uma postura mais ativa dos participantes.

Um erro que pode ser cometido por muitos RHs e gestores é não adotar indicadores para avaliar como está a aprendizagem de cada colaborador e da equipe em geral. Somente com esse controle será possível verificar se as estratégias estão realmente capacitando os funcionários e ajudar a identificar quais temas precisam ser reforçados para melhorar a qualidade dos treinamentos. 

O mundo corporativo demanda muito tempo e atenção dos profissionais. Por isso, não dá para abrir mão de uma boa parte da força de trabalho em ações de treinamento e desenvolvimento muito longas.

Além de problemas no fluxo de produção, atividades muito demoradas podem acabar sendo desmotivadoras para os participantes, que não irão aproveitar todos os conteúdos abordados devido seu baixo engajamento na ação. 

Apesar de todos esses benefícios e possibilidades, muitas companhias não têm mão de obra, expertise ou recursos para fazerem uma gestão eficiente dos treinamentos corporativos e de outras ações de educação empresarial. 

Nesse sentido, formar uma parceria com uma especialista pode ser a chave para aproveitar o melhor das estratégias, metodologias e tecnologias de treinamento corporativo e desenvolvimento de pessoas na empresa — fortalecendo suas equipes para aumentar os resultados do negócio. 
E esses benefícios são comprovados na prática: confira o estudo de caso Sicredi - Capacitação e aprendizado com a Gamificação e descubra como contar com uma parceira pode alavancar os resultados do treinamento e desenvolvimento de uma empresa!