Aprender na prática: Porque é melhor e quais as vantagens

A Pirâmide de Aprendizagem, de William Glasser, coloca a aprendizagem prática entre as mais efetivas em seu propósito. Mesmo que a primeira versão da teoria seja datada de 1946, essa ideia permanece firme ainda nos tempos modernos, que os estudos sobre aprendizagem e cérebro humano evoluíram bastante.

O processo de aprendizado, apesar do que muitos acreditam, não se resume apenas ao entendimento de conceitos, mas em aplicar aquilo que uma vez foi compreendido. Ou seja, aprender significa dispor tanto conhecimentos teóricos sobre o assunto como práticos. A aprendizagem só se torna efetiva quando há um misto de teoria e prática.

É normal que muitos ainda acreditem que a aprendizagem está relacionada somente ao âmbito teórico, pois por muito tempo esta cultura foi implementada e trabalhada no principal sistema de ensino, o ensino básico.

Mas hoje já é possível ver propostas que rompem com esta ideia e que sugerem um aprendizado pautado na prática. Isso porque há diversos estudos sobre como o ser humano aprende que provam a efetividade desta forma de aprendizado.

Neste artigo, você irá conferir algumas informações preciosas sobre a aprendizagem e porque nos dias atuais a ideia de aprender na prática tornou-se tendência no âmbito de aprendizagem, principalmente, empresarial. Além disso, você irá conferir algumas ideias de como conciliar a aprendizagem com a prática. Se você tem interesse, então é só continuar com a leitura!

Aprender na prática, também conhecido como “aprender fazendo”, ou “learning by doing” é uma proposta atual do âmbito da educação que possui como ponto central ir além dos livros para ensinar. Nesta perspectiva são trabalhadas situações hipotéticas, mas relacionadas ao contexto atual e real no processo de ensino-aprendizagem do aluno.

Aprender fazendo é, portanto, uma experiência de aprendizado completamente diferente do que até então vinha sido proporcionado pelo âmbito educacional, que focava em teoria e conceitos. Neste cenário, aprender é dispor de mais autonomia no processo de aprendizagem e tornar o erro comum, sendo ele apenas uma etapa deste processo de aperfeiçoamento.

É possível comparar este novo modelo de aprendizado com a fase de aquisição de linguagem de uma criança: em um primeiro momento ela só sabe balbuciar, conforme vai tendo contato com o contexto social que está inserida, ela passa a repetir palavras soltas. 

Neste momento, ela ainda não sabe pronunciar bem as palavras, e fica em um processo de tentativa e erro. Mas conforme a prática, vai aprimorando sua fala e passa a unir palavras em pequenas frases, e assim continua até alcançar a fluência.

Note que em todas as fases do processo de aquisição de linguagem a prática é a principal forma de aprendizado da criança. Ela presta atenção no contexto (teoria) e tenta repetir e assimilar aquilo que está sendo feito (teoria e prática).

Portanto, o estilo de aprendizado que visa a prática não está interessado em compartilhar conceitos, fazer com que os alunos decorem datas ou qualquer coisa deste sentido, ao contrário, a ideia de aprender na prática é fazer com que os estudantes desenvolvam competências e habilidades para corresponder com as necessidades do mundo.

Para algumas pessoas é fácil pensar que conhecimento é uma grande concentração de métodos tradicionais, arcaicos e teóricos, mas não é. Por mais que a teoria seja um método, ele é complementar à prática, sem a utilização da prática não é possível adquirir fixação do que se foi aprendido.

Você pode lembrar que estudou a fórmula de Bhaskara nas aulas de matemática ou que viu sua professora de inglês ensinar no tempo de escola o famoso verbo to be.

Mas só terá aprendido realmente se colocado em prática, e tudo o que você reproduz não é esquecido, como por exemplo: ler, escrever, andar de bicicleta, entre outras aprendizagens da infância até a juventude.

Dentro do seu ambiente de trabalho, não é diferente. A prática na aprendizagem pode trazer uma série de benefícios:

A qualidade e fluidez no desenvolvimento de uma equipe que aprende com a prática é altamente maior que os números de uma equipe cujo aprendizado é teórico e maçante.

É muito mais fácil guardar informações no cérebro por métodos visuais, auditivos e de manipulação manual, do que a leitura de textos sem fundamentação teórica, palestras demoradas ou qualquer outro meio implementado no ambiente corporativo que não leve a lugar algum.

Sua equipe precisa ser encorajada, desafiada, ter interesse, inclusive, gerar situações recorrentes para resolver na prática esses cenários que sua empresa pode ter de desafios. E a prática, oferece essa vantagem.

Trazer algo novo para sua equipe, oferecer as vantagens do aprendizado na prática, otimizar o trabalho, incentivar e encorajar com estratégias para alcançar resultados grandes para seu ambiente de trabalho.

Utilizando de ferramentas práticas para que a equipe trabalhe corpo e mente, focando em tarefas com propósitos maiores, que tragam benefícios e contribuição para o coletivo.

A socialização entre colegas dentro e fora do local de trabalho é importante para fortalecer a equipe, aumentar a comunicação entre os colaboradores, evitar julgamentos e preconceitos dentro dos setores e prevenir aquela famosa “panelinha” e rumores negativos entre os corredores.

E, após avaliar os resultados e comportamentos que a melhoria em um aprendizado prático irá trazer, não esqueça de recompensar o espírito colaborativo da equipe. Reconhecer e recompensar com relatórios periódicos, bonificação e outros, mostra que o empregador valoriza e enxerga esse time.

Com o aprendizado na prática, você terá mudanças significativas em alunos que terão desenvolvido da melhor forma suas competências no meio de trabalho com dinâmicas aplicadas para o coletivo, fortalecimento de equipe, comunicação e convívio social aprimorados.

A aprendizagem na prática estimula o raciocínio lógico, pois, é por meio da análise da situação que é possível tomar uma decisão, e isso é a prática que ensina a desenvolver. A absorção de uma ideia é maior e permite receber estímulos cerebrais suficientes que são capazes de enfrentar ou resolver obstáculos cada vez mais rápido e eficaz.

O mesmo ocorre com o uso da tecnologia, o uso dela por meio da aprendizagem prática, estimula e muito o desenvolvimento cognitivo e motor, além de ser uma forma de se manter atualizado com o mundo. Permitindo assim o uso cada vez mais rápido e eficiente pois o cérebro desenvolve uma facilidade para aprender aquilo que está sendo exercitado com o uso.

Cultura ou movimento maker nada mais é que construir ou consertar algo, outro termo para isso seria o DIY – Do it Yourself – Faça você mesmo. É o conceito que incentiva as pessoas a criarem com o que possuem em mãos.

Dentro da empresa esse recurso seria basicamente o princípio de que toda ideia é bem-vinda, e a partir delas, será garimpado ou feito um funil dentro daquilo que mais se encaixa e então, colocar a mão na massa para fazer acontecer.

Quando a cultura maker é implantada dessa forma dentro do ambiente de trabalho, você constrói funcionários protagonistas, capazes de criar, produzir, despertar lideranças, mudar algo que precisa ser melhorado, gerar curiosidade e maior interesse como pessoa e como empregado. 

Além de gerar um aumento positivo entre todos da equipe, pois o lado colaborativo será estimulado e uma ideia de uma única pessoa interliga a ideia de outra pessoa e assim sucessivamente entre cada um dos seus funcionários. Despertando no individual e coletivo uma vontade de se provar, concorrer a alguma bonificação, de serem vistos e notados dentro da empresa.

E o ciclo de sucesso estará girando para todos os envolvidos que fizerem parte desse conceito. Pois a cultura maker gera:

Entre outros benefícios que a prática pode oferecer juntamente com esse conceito. 

Veja porque a prática se tornou uma das melhores formas de aprendizado do contexto atual!

Existem várias definições diferentes para o conceito de criatividade, mas, em sua maioria, a criatividade está conectada à capacidade de alguém em solucionar problemas. Aprender na prática ajuda a desenvolver a criatividade, pois este tipo de aprendizado está totalmente relacionado a buscar soluções para o mundo real, com recursos e ferramentas de fato existentes.

Então, o estudante passa a pensar em maneiras de alcançar determinado resultado mesmo com limitações de ferramentas e tecnologia, por exemplo, conseguindo desenvolver diferentes maneiras de solucionar uma situação e passa a remover o bloqueio da criatividade.

Ao ser estimulado a pensar em novas soluções para contextos reais, o estudante passa a cultivar maior autonomia e ser protagonista do mundo, pois ele se envolve ativamente com o problema surgido, criando alternativas de solucioná-lo. Então, aprender na prática passa a ser uma forma de colocar os alunos em ação.

Aprender na prática ainda é a melhor alternativa para lidar com problemas complexos, pois mesmo em meio a um problema difícil, o aluno dispõe de um raciocínio lógico para analisar a situação e quais as alternativas que ela oferece para que aquele problema seja solucionado.

É um grande desafio saber maneiras de trabalhar a prática, pois é comum encontrar excelentes ferramentas que auxiliem no processo de mediação de conteúdo teórico, como é o caso do uso de PowerPoint ou livros. Agora, recursos que ajudem a tornar a prática real no âmbito educacional, maneiras de mostrar como aquilo deve ser feito, são mais difíceis de encontrar.

Porém a tecnologia na educação garantiu que diversos recursos para esta finalidade fossem criados. Confira, a seguir, sobre a gamificação e os jogos empresariais, e como eles se tornaram tendência no ambiente corporativo porque conseguem trabalhar tanto a teoria como a prática.

A gamificação (ou gamification, no termo inglês) é um recurso utilizado para diversas finalidades. No âmbito corporativo educacional, a gamificação faz uso de mecanismos de jogos, como pontuação e níveis, para engajar, melhorar o aprendizado e resolver problemáticas do universo do trabalho.

Ela possibilita que os profissionais estejam melhores preparados para tomarem decisões em diferentes cenários, visto que tal ferramenta pode ser usada como uma simulação de circunstâncias reais enfrentadas no ambiente corporativo.

Outra maneira de possibilitar que os colaboradores aprendam na prática é inserindo nos treinamentos e desenvolvimentos os chamados jogos empresariais, que são jogos que simulam os diferentes cenários que uma empresa pode enfrentar.

Através destes jogos, os profissionais têm contato com desafios que de fato podem surgir na empresa e, logo, passam a dispor de habilidade técnicas, gerenciais e comportamentais para lidar com situações, caso ocorram na prática. 

A prática é um recurso essencial para tornar a aprendizagem efetiva, e como você pôde conferir, a tecnologia atual possibilita que tanto a teoria quanto a prática sejam implementadas no ambiente corporativo.

Você sabe como funciona a gamificação? Se ainda não, então confira o texto: O que é Gamificação? Conheça esta tendência de aprendizagem.