Quiet Quitting é um comportamento observado recentemente em colaboradores de empresas ao redor do mundo e que vem desafiando empreendedores e lideranças. Ele pode indicar, entre vários elementos, a perda de motivação e engajamento nas equipes — algo que é um sinal vermelho para o RH.
O que você vai ver neste artigo:
Entenda melhor sobre o fenômeno da “Demissão Silenciosa” e descubra como promover um ambiente de trabalho mais saudável e funcionários mais felizes na sua organização!
O que é Quiet Quitting (Demissão Silenciosa)?
O termo Quiet Quitting surgiu a pouco tempo e já vem causando diversas discussões no mundo corporativo. Esse fenômeno se trata de uma mudança no comportamento dos funcionários e vem sendo observado como tendência no exterior, desafiando lideranças de diferentes segmentos e portes de negócio.
Apesar da tradução literal do termo ser “Demissão Silenciosa”, quem pratica o Quiet Quitting não tem o desejo consciente de sair da empresa, mas sim acaba adotando uma postura que é uma espécie de “desistência”: o funcionário realiza as tarefas delimitadas no seu contrato de trabalho — nada a mais, nada a menos.
Essa conduta acaba sendo um movimento contrário ao “workaholic” ou a mentalidade do “trabalhe enquanto eles dormem”. O colaborador realiza suas tarefas, sim, porém não tem uma postura mais proativa ou de engajamento com a organização. Assim, não descumpre as normas ou obrigações trabalhistas que tem.
Especialistas apontam que este comportamento ocorre principalmente devido à busca por maior equilíbrio entre a vida profissional e pessoal. Os indivíduos não desejam “viver apenas para trabalhar” ou deixar de lado outros âmbitos de sua realidade, como família, lazer, sonhos… Nesse sentido, acabam reduzindo os esforços no trabalho para direcioná-los a outros campos.
Alguns apontam que o contexto da pandemia de Covid-19 influenciou esse fenômeno ao gerar uma situação em que as pessoas se viram diante de um cenário de instabilidade e até risco de morte — fazendo-as reavaliar suas prioridades e a forma com que lidavam com sua saúde mental. Estudos indicam um aumento nos níveis de depressão e ansiedade no mundo após o período mais crítico da crise, o que indiretamente também impactou na relação dos indivíduos com seu trabalho.
Nesse sentido, as lideranças têm o desafio de motivar e reter os talentos na empresa, estimulando-os para que sejam produtivos e atuem com qualidade e proatividade — mas que também alcancem o objetivo de ter uma vida mais equilibrada e saudável.
Toda empresa deseja ter profissionais proativos, eficientes e talentosos. Entretanto, essa postura não deve ocorrer em detrimento da saúde e bem-estar das pessoas.
O equilíbrio entre trabalho e vida pessoal é algo benéfico tanto para empresas quanto para funcionários. Profissionais saudáveis e felizes ajudam a criar um ambiente mais positivo, além de mais produtivo, eficiente e inovador.
Além disso, o Quiet Quitting acaba sendo um desperdício dos talentos: tantas competências e conhecimentos deixam de ser aproveitados pelos colaboradores ao ficarem escondidas durante o cumprimento das tarefas tradicionais. Quantos funcionários seriam ótimas lideranças ou então desempenhariam outras funções estratégicas se houvesse um investimento — de todos os lados — para esse fim?
Assim, esse fenômeno começou a se demonstrar um desafio para negócios de todos os portes e segmentos.
Como lidar com o Quiet Quitting?
A “Demissão Silenciosa” é um fenômeno que as empresas devem estar atentas. No fim, este tipo de comportamento pode representar perdas na produtividade, qualidade e no clima interno. Por isso, é importante que os RHs monitorem e ajam quando se detecta essa postura dentro da organização.
Nesse sentido, há algumas estratégias que podem ser adotadas para atenuar o Quiet Quitting na organização:
1- Fazer um diagnóstico
Antes de mais nada é importante investigar o problema: não dá para intervir em algo que nem se sabe o porquê de acontecer. Nesse caso, as lideranças e RH devem tentar se conectar com os funcionários para entender se há pontos que eles consideram negativos na empresa em si, seus valores, rotina diária e até mesmo na conduta dos gestores.
Conversas individuais, questionários e avaliações de desempenho são ferramentas que podem ajudar a fazer um diagnóstico sobre as lacunas e problemas na dinâmica interna e que, por sua vez, acabam influenciando no comportamento dos funcionários.
2- Oferecer benefícios
Que pessoa não gosta de receber algo a mais? Como forma de estímulo, uma empresa pode oferecer um aumento de salário, participação nos lucros ou adicional por produtividade para incentivar a mudança de comportamento ou dar mais condições financeiras aos seus profissionais.
Já os benefícios corporativos podem ajudar no bem-estar dos trabalhadores e no equilíbrio de suas vidas particulares e na companhia, especialmente no caso de benefícios como vale academia, auxílio psicológico, vale creche, bolsa de estudos, entre outros.
Nesse sentido, também é possível oferecer maior flexibilidade nos horários, carga e modelo de trabalho (como híbrido ou home office) para que os colaboradores organizem seus compromissos, momentos de lazer e prioridades pessoais com maior tranquilidade.
3- Plano de carreira
Outro estímulo que pode incentivar a equipe é desenvolver um plano de carreira na organização. Essa possibilidade ajuda os profissionais a enxergarem um futuro na empresa — algo que para algumas pessoas é fundamental em um emprego.
Além disso, se bem feito, um plano de carreira é um mecanismo transparente e eficiente para motivar os funcionários a buscarem aprimoramento e, dessa forma, gerar mais resultados para o negócio.
4- Clima interno
Algumas vezes o problema maior não está nos benefícios ou remuneração que o colaborador recebe — está na dinâmica interna. Excesso de cobranças, conflitos constantes, competição exacerbada, colegas problemáticos, liderança tóxica… são vários os motivos que tornam um ambiente de trabalho desmotivador.
Identificar os problemas no clima interno e resolvê-los pode ser desafiador, mas irá gerar diversos impactos positivos na equipe inteira: e um deles é melhorar o engajamento interno.
5- Investir em lideranças positivas
A verdade é que os gestores têm um papel importante na relação da empresa com seus funcionários. São eles que motivam, escutam, organizam as demandas e engajam os colaboradores — assim como muitos acabam se tornando a principal motivação para pedidos de demissão.
Ter líderes competentes, tanto em suas habilidades técnicas quanto sociais, é fundamental para se criar e manter um ambiente de trabalho saudável. E, para isso, é importante investir em capacitações e aprimoramentos para estes gestores.
Confira 6 dicas para desenvolver um programa de liderança eficiente e transforme a dinâmica em sua equipe!
O termo Quiet Quitting surgiu a pouco tempo e já vem causando diversas discussões no mundo corporativo. Esse fenômeno se trata de uma mudança no comportamento dos funcionários e vem sendo observado como tendência no exterior, desafiando lideranças de diferentes segmentos e portes de negócio.
Algumas estratégias que podem ser adotadas para atenuar o Quiet Quitting na organização:
1- Fazer um diagnóstico
2- Oferecer benefícios
3- Plano de carreira
4- Clima interno
5- Investir em lideranças positivas