Como implementar a matriz de risco na sua corporação? Entenda

Mesmo o projeto mais bem planejado pode apresentar riscos e eles precisam ser mapeados o quanto antes para desenvolver soluções e evitar resultados negativos para o negócio. Isso se chama gestão de risco e consiste em analisar elementos de risco e se antecipar aos possíveis acontecimentos. Para isso há algumas ferramentas que podem ser bastante eficazes aos gestores, como é o caso da matriz de risco.

A matriz de risco é um planejamento que precisa conter informações essenciais para o tratamento dos maiores perigos que afetam ou podem afetar uma organização. Através dele, a empresa consegue identificar quais providências deve tomar em cada situação mapeada, sendo, portanto, um documento de extrema importância para qualquer instituição.

Sabendo dessa relevância, este artigo irá compartilhar:

Matriz de risco é um recurso do âmbito empresarial que ajuda visualizar e gerenciar possíveis perigos existentes em uma empresa. Ela tem como objetivo auxiliar os gestores e a diretoria na tomada de decisões.

Essa ferramenta tem sido adotada por diferentes empresas porque tem se mostrado bastante útil para promover discussões robustas e definir ações que devem ser priorizadas porque podem acarretar riscos para a organização. Além disso, com ela ainda é possível analisar as informações mapeadas através de um gráfico de fácil visualização e interpretação.

Ou seja, a matriz pode ser utilizada para identificar possíveis riscos que uma empresa pode enfrentar, se a possibilidade deles acontecerem é pequena ou significativa e se ele está, ou não, controlado.

Logo, essa ferramenta possui duas dimensões: uma irá analisar quão grave ele pode ser e a outra quão provável. Esses dois elementos vão criar a matriz gráfica.

A probabilidade está no eixo vertical da ferramenta e consiste em medir quão provável é a ocorrência do risco. Em outras palavras, nela a empresa irá avaliar quão fácil ou difícil é para que tal risco identificado aconteça de fato. 

Um exemplo disso é a crise de material para desenvolver automóveis que o Brasil está enfrentando, a produção de carros está a passos lentos porque faltam chips semicondutores. Será que as empresas responsáveis pela criação de automóveis avaliaram a possibilidade disso acontecer? 

Será que alguém tomou medidas para que não fosse tão afetada com isso? E se identificou esse possível risco, o caracterizou em qual nível? São 5 os níveis possíveis: muito baixo, baixo, moderado, alto e muito alto.

A empresa também pode converter esses riscos em números (porcentagens) para melhorar o entendimento do gráfico, sendo:

O impacto, representado no eixo horizontal, revela os resultados que o risco pode gerar para a empresa caso ela aconteça, ou seja, quais os prejuízos ou danos serão causados se eles saírem do âmbito hipotético e de fato se sucedam.

Esse impacto pode ser negativo, como um prejuízo financeiro ou a perda de clientes, mas também pode ser positivo, como a abertura de uma nova filial do negócio, a implementação e utilização de uma nova tecnologia. 

Esse elemento também pode ser medido através de níveis (como no anterior): muito baixo, baixo, moderado, alto e muito alto.

Para trabalhar com a matriz de risco é preciso se atentar a alguns fatores, então:

Para criar e implementar a matriz de risco, você precisa conhecer sua empresa, saber o que pode ou não ser uma ameaça a ela e afetar os objetivos e resultados. A finalidade da matriz é justamente apontar esses perigos, mas o ideal é que tenha uma ideia de como começar esse mapeamento.

Ou seja, busque informações sobre os colaboradores, as atividades exercidas pela empresa, às dependências ou quaisquer outros dados que auxiliem na criação da matriz de risco. Esse primeiro momento trará clareza e agilidade ao processo.

Confira se as normas da empresa estão de acordo com a legislação, porque essa é uma questão de relevância para a matriz. Se alguma atividade ou prática estiver fora das regras, isso já é caracterizado como um risco e pode acarretar diversas consequências negativas.

O próximo passo deve ser fazer um levantamento de todas as circunstâncias que podem ser categorizadas como um risco para a empresa. Mesmo que no cenário presente a probabilidade das ameaçadas identificadas seja baixa, a instituição deve considerar qualquer tipo de risco.

Antes de declarar como encerrada a identificação de riscos, você pode buscar por outras opiniões, dos colaboradores que diariamente realizam atividades e circulam na empresa. Essa ação pode te ajudar a confirmar ou adicionar novos riscos.

Procure fazer entrevistas com colaboradores e demais prestadores de serviços, eles provavelmente vão dar uma maior visão da rotina, seja um processo não tão bem planejado ou de uma ameaça até então não percebida pela organização.

Depois de mapeados os riscos e feito as entrevistas, é chegado o momento de realizar a matriz de riscos com todas as probabilidades e ameaças encontradas na instituição. É nessa etapa que você irá comparar os dados e definir a pontuação e o nível de cada aspecto mapeado.

Com os resultados em mãos, você terá como adotar certas medidas apropriadas para prevenção ou reparo de possíveis problemas. Assim antes que eles possam acontecer, você estará precavido.

Confiar completamente no plano de negócio e no planejamento estratégico inicial é o mesmo que ignorar que o mercado está em constante mudança e que diversos fatores podem influenciar positiva e negativamente um negócio. Logo, não aderir a matriz de risco deixa a saúde da empresa suscetível. 
Quer ler mais conteúdos relacionados à gestão empresarial? Confira os demais artigos do nosso blog!